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Arthur e Miguel

Arthur e Miguel

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Tabela de peso e medida


Tabela de peso e medida9 semanas 2.3 cm 2 gramas
10 semanas 3.1 cm 4 gramas
11 semanas 4.1 cm 7 gramas
12 semanas 5.4 cm 14 gramas
13 semanas 7.4 cm 23 gramas
14 semanas 8.7 cm 43 gramas
15 semanas 10.1 cm 70 gramas
16 semanas 11.6 cm 100 gramas
17 semanas 13 cm 140 gramas
18 semanas 14.2 cm 190 gramas
19 semanas 15.3 cm 240 gramas
Á partir das 20 semanas a medida passa a ser da cabeça aos pés
20 semanas 25.6 cm 300 gramas
21 semanas 26.7 cm 360 gramas
22 semanas 27.8 cm 430 gramas
23 semanas 28.9 cm 501 gramas
24 semanas 30 cm 600 gramas
25 semanas 34.6 cm 660 gramas
26 semanas 35.6 cm 760 gramas
27 semanas 36.6 cm 875 gramas
28 semanas 37.6 cm 1005 gramas
29 semanas 38.6 cm 1153 gramas
30 semanas 39.9 cm 1319 gramas
31 semanas 41.1 cm 1502 gramas
32 semanas 42.4 cm 1702 gramas
33 semanas 43.7 cm 1918 gramas
34 semanas 45 cm 2146 gramas
35 semanas 46.2 cm 2383 gramas
36 semanas 47.4 cm 2622 gramas
37 semanas 48.6 cm 2859 gramas
38 semanas 49.8 cm 3083 gramas
39 semanas 50.7 cm 3288 gramas
40 semanas 51.2 cm 3462 gramas

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

É verdade que estresse, susto e nervoso podem provocar aborto?

É verdade que estresse, susto e nervoso podem provocar aborto?

 
Escrito para o BabyCenter Brasil

A equipe do BabyCenter responde:


Não há pesquisas que indiquem ligação entre o estresse normal e as frustrações da vida moderna (como uma briga com o chefe ou um péssimo dia no trânsito) a um risco maior de abortos espontâneos.

Da mesma forma, uma reação de surpresa, como por exemplo a um barulho inesperado, também não prejudica o bebê.

Estresse ao extremo pode fazer com que uma mãe acabe perdendo o bebê, mas é preciso que se trate de uma coisa muito séria. Um simples susto para espantar o soluço não vai causar mal nenhum à gravidez.

A maior parte dos abortos espontâneos não tem causa conhecida ou ocorre por um fator além da possibilidade de controle. Acredita-se que de 50% a 70% das perdas que acontecem no primeiro trimestre sejam devido a anormalidades cromossômicas no óvulo fertilizado, ou seja, ele não teria mesmo possibilidade de se desenvolver normalmente.

Mas isso não quer dizer que momentos extremamentes estressantes, como no caso de um divórcio muito feio, uma morte na família ou graves dificuldades financeiras, não possam afetar a saúde do bebê durante a gravidez.

De acordo com um grande estudo dinamarquês de 2008, feito com mais de 19 mil gestantes, mulheres grávidas com alto nível de estresse psicológico apresentaram um risco 80% maior de dar à luz natimortos, comparadas às com nível intermediário de estresse.

Outras pesquisas indicam ainda que estresse excessivo durante a gravidez pode levar a partos prematuros, baixo peso do bebê ao nascer e até asma e alergias no futuro da criança.
Fonte:http://brasil.babycenter.com/pregnancy/pre-natal/emocoes/susto-estresse/

sábado, 25 de agosto de 2012

Seu calendário da gravidez para hoje

25/agosto/2012: A retenção de líquido na gravidez pode causar dor nas mãos e nos dedos. Fale com o médico se estiver com esses sintomas. 


Fonte:http://brasil.babycenter.com/

 19 semanas de gravidez

Como seu bebê está crescendo

Esta é uma fase essencial para o desenvolvimento sensorial do bebê, que ocorre em áreas especializadas do cérebro para odor, paladar, audição, visão e tato.

Alguns estudos indicam que agora ele até ri. E o que será que está escutando lá dentro da sua barriga? Muitas coisas, como o som do sangue passando pelas veias, os ruídos do seu estômago ao digerir e, claro, sua voz!

Se você estiver esperando uma menina, imagine só que ela tem 6 milhões de óvulos nos ovários -- número que vai diminuir para 1 milhão até a hora do nascimento.


Como fica sua vida

O útero já cresceu bastante e a parte de cima provavelmente aproxima-se do umbigo. De agora em diante, ele aumentará cerca de um centímetro por semana.

É possível que você sinta alguma dor no baixo ventre. Não é nada para se preocupar -- são os músculos e ligamentos que sustentam a barriga se esticando cada vez mais.

Muitas mulheres morrem de medo da dor do trabalho de parto e do parto normal em si. Apesar de um grande número de mulheres optar pela cesariana aqui no Brasil para evitar o problema, pense bem no assunto, já que os riscos desse tipo de parto são muito maiores que os do normal.

Além disso, a cesariana também dói bastante, só que depois que o bebê já nasceu (e quando você tem muito mais coisas com que se preocupar).

Os hospitais dispõem de várias maneiras eficazes de aliviar as dores do parto normal. O mais importante é se informar o máximo possível sobre os dois tipos de parto, porque, quanto mais no controle você se sentir, menos tensa vai ficar.



Sono

Uma boa noite de sono durante a gravidez costuma ser difícil, especialmente se você sofre de azia ou indigestão.

Quando isso acontece, comida tende a ser a última coisa que passa por sua cabeça; mas algumas grávidas acordam à noite com mal-estar devido à fome e são obrigadas a comer alguma coisa para conseguir dormir de novo.

Outro incômodo para dormir poderá ser o cutucão do parceiro tentando acordá-la por causa do seu ronco. A gravidez pode causar congestão nasal, o que provoca o ronco.

Fonte:http://brasil.babycenter.com/stages/0119
couro cabeludo cérebro perna útero
 
Quuem  me  seguir,  por  favor  me  avise para mim seguir de volta! :)

Beijoos&Chutinhoos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

>< 10,14,15,16,17, & 18semanas!

Meu Arthurzinho na casinha!
Teamoo mtmt filhoo ><
Vooc ee td Pra mim!
To louca

Pra te ter nas maos!

Como um anjo vc APARECEU na minha vida.. ♥

Truques para provocar o parto: verdades e mentiras


Você não aguenta mais esperar. A mala da maternidade está prontinha, a barriga está pesadíssima e a toda hora aquelas contrações de treinamento dão a impressão de que o trabalho de parto vai finalmente começar. E... nada!

Alguns bebês demoram mesmo para querer sair do quentinho do útero. Mas as pessoas já estão pressionando para marcar a cesárea e você está preocupada de o bebê passar do tempo. Há alguma coisa que se possa fazer?

Rolam por aí muitas lendas, simpatias e estratégias. Só que em primeiro lugar você precisa pensar no bem-estar do bebê, e no seu. Para grande parte dessas "técnicas", não há muitas provas científicas nem da eficácia, muitos menos da segurança.

Atenção: nunca tente nada parecido se tiver qualquer tipo de complicação na sua gravidez, e se estiver com menos de 38 semanas completas. O bebê é considerado pronto para nascer com 37 semanas, mas sempre pode haver algum erro de cálculo, portanto não custa garantir. Quanto mais tempo o bebê ficar na barriga, mais forte e saudável ele vai nascer.

Sexo

Acredita-se que o sexo incentive o trabalho de parto atuando de três maneiras diferentes. O orgasmo pode estimular o útero; a atividade sexual pode estimular a produção de ocitocina; e a prostaglandina presente no esperma pode ajudar a amaciar o colo do útero.

O sexo é contra-indicado se a bolsa tiver rompido, porque há risco de infecção. O sexo também deve ser evitado no caso de placenta baixa ou sangramentos vaginais. Leia mais sobre o sexo na gravidez.

Comer abacaxi

A lenda é que a enzima bromelina, presente no abacaxi, ajude a amadurecer o colo do útero e facilitar o trabalho de parto. Mas cada abacaxi tem bem pouca bromelina. Além disso, o "efeito" se perde se a fruta for transformada em suco ou doce.

O risco é acabar ficando com dor de barriga ou com uma baita crise de azia.

Tomar chá de canela e/ou gengibre

Existe a idéia de que o chá de canela deixa o útero mais sensível, mas não há provas científicas. Se o chá for muito concentrado, ou tomado em grande quantidade, pode irritar o trato digestivo, o que pode acabar provocando alguma desidratação e deixar o útero mais irritável. E desidratação nunca é aconselhável para ninguém, especialmente para uma grávida.

Comidas apimentadas

Não há provas científicas de que comidas fortes, bem temperadas ou apimentadas ajudem a incentivar o início do trabalho de parto, mas a idéia é estimular a mucosa do estômago e do intestino, para ver se o útero "pega carona" na atividade.

Porém comidas fortes e apimentadas certamente vão provocar azia no final da gravidez. Além disso, para quem não está acostumada, diarréia e vômito são riscos consideráveis em caso de exagero, e é sempre bom tomar cuidado com a desidratação. Outro porém é se você está com hemorróidas: a pimenta pode agravar a dor e o sangramento.

Andar (ou fazer faxina!)

A explicação é que a atividade de andar ou fazer esforços físicos como numa bela faxina aumentaria a pressão da cabeça do bebê sobre o colo do útero, o que por sua vez estimularia a produção de ocitocina, o hormônio responsável pelas contrações.

A tática é mais eficiente quando já se está no comecinho do trabalho de parto, com contrações ainda irregulares ou fracas. A caminhada pode ajudar a dar mais ritmo às contrações.

Não há perigo, desde que você não exagere. O trabalho de parto por si só já será cansativo, e é bom guardar energia.

Se você não se exercitou muito durante a gravidez, pegue leve. Um passeio na beira da praia, num parque ou num shopping já é o suficiente -- não está na hora de rechear a geladeira para quando vocês chegarem do hospital com o bebê? Vá ao supermercado! E de preferência acompanhada.

Homeopatia

Remédios homeopáticos são feitos com versões muito diluídas de substâncias mais potentes. Existem algumas fórmulas que são mais usadas para estimular o trabalho de parto, mas só devem ser usadas com orientação médica (e de um profissional acostumado a lidar com gestantes). Não há comprovação concreta de que o efeito seja o desejado.

Estimulação do mamilo

Estimular os mamilos é massagear os bicos dos seios, como se o bebê estivesse mamando, na tentativa de provocar a produção de ocitocina, o hormônio que faz com que o útero se contraia. O risco é esse tipo de estímulo provocar contrações mais fortes e inesperadas, que prejudicariam o trabalho de parto e o bebê, embora uma revisão dos estudos sobre o assunto não tenha comprovado o perigo.

Como com filho o lema é sempre adotar a cautela, a estimulação só deve ser tentada no próprio hospital, com assistência médica.

Óleo de rícino ou mamona (laxante)

Desde o tempo do Egito da Antiguidade há registros do uso de óleo de rícino para provocar o trabalho de parto. Não se sabe exatamente a explicação. A mais aceita é que, como se trata de um forte laxante, ele estimula a mucosa do intestino, e acaba estimulando também o útero. É uma estratégia conhecida em países como Estados Unidos e Grã-Bretanha.

O óleo de rícino, além da diarréia, pode provocar náusea e vômitos, e a mulher corre o risco de ficar desidratada. Por isso, o BabyCenter não recomenda o uso desse método.

Além disso, o gosto é horrível, e a sensação de diarréia é bem desagradável.

Acupuntura

A acupuntura estimula determinados pontos do corpo, com o uso de agulhas bem fininhas ou outros métodos. É uma ciência muito utilizada também no controle da dor, até durante o trabalho de parto.

Pesquisas sobre o assunto indicam que a acupuntura realmente provoca a intensificação das contrações uterinas. É preciso encontrar um acupunturista que tenha experiência com grávidas, e obter o aval do obstetra. Saiba também que a acupuntura não funciona como um passe de mágica. Podem ser necessárias várias sessões para obter algum resultado.

Por último, truques engraçados

Folclore ou não, há outros métodos que provocariam o trabalho de parto -- nada científicos! Algumas mulheres juram que funcionam, mas é duro se convencer, porque são bem estranhos.

• Encher balões de aniversário
• Andar de carro ou ônibus numa rua esburacada
• Assistir a um filme bem melado e chorar bastante
• Usar seus melhores sapatos (a lei de Murphy diz que sua bolsa vai estourar e encharcá-los!).
Fonte de todos os postes sobre  partos - http://brasil.babycenter.com/pregnancy/parto/

Tipos de anestesia: peridural e raquidiana

Os tipos de anestesia mais comuns para parto são a peridural e a raquidiana, em que a mãe só fica insensível à dor do peito para baixo, e permanece perfeitamente consciente durante todo o processo -- seja cesariana ou parto vaginal. O anestesista (ou anestesiologista, no nome mais técnico) é o responsável por essa medicação, e também pelos remédios para aliviar a dor no pós-parto.


Onde é dada a picada da anestesia? Ela dói?

Tanto na peridural quanto na raquidiana, a anestesia é aplicada entre as vértebras nas costas. Os anestesiologistas aplicam um anestésico local antes de dar a picada da anestesia em si. Portanto, você vai sentir a picadinha da anestesia local e depois uma pressão, não dor propriamente dita. Talvez o mais chato seja se manter na posição correta (ou deitada de lado ou sentada, com as costas curvadas), apesar do barrigão.

Qual é a diferença entre a peridural e a raquidiana?

A raquidiana usa um volume muito menor de anestésico, tem ação praticamente imediata e é dada de uma vez só, com duração limitada.

Já a peridural utiliza uma quantidade bem maior de medicamento anestésico, e é administrada continuamente por um cateter que fica nas costas, durante o tempo que for necessário. Via de regra, a raquidiana (ou ráqui) é usada nas cesarianas e às vezes nos partos vaginais, e a peridural, nos partos normais.

O que é a anestesia combinada?

Dependendo da situação, do estágio do trabalho de parto e do nível de dor, o anestesiologista pode preferir administrar, ao mesmo tempo, a peridural e uma dose pequena da raquidiana. A ráqui ajuda a anestesia a "pegar" rápido, aliviando a dor instantaneamente, e a peridural garante a durabilidade do efeito. É o chamado "duplo bloqueio".

A peridural pode atrapalhar o andamento do trabalho de parto?

Talvez você já tenha ouvido alguém falar que tomou a anestesia e o trabalho de parto "parou". O fato é que hoje o volume de anestésico que se usa na peridural é muito menor que o usado há dez anos, e, desde que ela seja bem administrada, a anestesia pode até ajudar no processo de dilatação, pois a mãe fica mais relaxada.

Na hora de fazer força, porém, a mulher precisa se orientar pelas indicações do médico, para saber quando a contração está chegando e qual é o momento certo de empurrar o bebê para baixo.

Em que fase do trabalho de parto a peridural é recomendada?

Teoricamente, você pode receber esse tipo de anestesia em qualquer estágio do trabalho de parto, até mesmo quando você estiver fazendo força para o bebê sair, embora, nessa altura, provavelmente o anestesiologista opte por uma raquidiana, que tem ação mais rápida.

O que vai determinar o momento de tomar a anestesia é a sua tolerância à dor (e a disponibilidade do anestesiologista, nem sempre de plantão em todos os hospitais públicos, por exemplo). Portanto não hesite em pedir a medicação se não estiver suportando a dor.

É importante saber, no entanto, que à medida que o trabalho de parto avança e a dor aumenta, vai ficando mais difícil para a mulher conseguir permanecer na posição absolutamente parada, necessária para a segurança da aplicação do anestésico nas costas.

Quais as vantagens da peridural?

• Mais de 90 por cento das mulheres param totalmente de sentir dor

• Você fica completamente consciente

• Ela ajuda a controlar a hipertensão arterial

Quais as desvantagens da peridural?

• Você poderá ficar anestesiada mais para baixo de um só lado, ou uma pequena parte da barriga poderá nem ficar adormecida (para evitar isso, os anestesiologistas às vezes optam pela anestesia "combinada", que junta raquidiana e peridural).

• Pode provocar tremedeira e febre.

• Às vezes causa sensação de falta de controle, já que o médico terá que dizer o momento de fazer força.

• Há uma pequena elevação na probabilidade de ser necessário o auxílio de instrumentos como fórceps ou ventosa.

• Existem os riscos normais de uma anestesia (como acidentes, problemas no pós-parto), mas eles são bem raros.

• Algumas mulheres sentem dificuldade de fazer xixi depois da anestesia.

Dicas

• Fique completamente imóvel enquanto o anestesista injeta o líquido. Você estará deitada de lado ou sentada na cama, com uma "corcunda", como se estivesse bem cansada. Sentada com pernas de índio, caprichando na "corcunda", você aumentará o espaço entre as vértebras e facilitará o trabalho do anestesista.

• Concentre-se na sua respiração -- respire fundo pelo nariz e expire devagar pela boca, e mantenha a calma.

• Converse com o médico sobre a possibilidade de usar uma dose pequena da anestesia, que lhe permita se movimentar e até caminhar, embora não sinta dor. A liberdade de movimentos pode deixá-la mais calma e ajudar o bebê a se posicionar para nascer.

Quando a raquidiana é usada no parto normal?

A ráqui é utilizada no parto vaginal quando a mulher já está num estágio mais avançado do trabalho de parto, e precisa que a anestesia comece a fazer efeito rápido.

Isso pode acontecer, por exemplo, com uma mulher que já chegou com bastante dilatação ao hospital, ou quando a dilatação acontece muito rápido, surpreendendo a equipe.

Quando a anestesia ráqui é usada na cesariana?

A ráqui é a anestesia de escolha para cesarianas. Ela usa uma quantidade muito pequena de anestésico e, como o medicamento é aplicado diretamente no líquor, é muito pequena a possibilidade de ele entrar na corrente sanguínea, o que poderia causar uma intoxicação, com consequências mais graves.

Quais as vantagens da ráqui?

• Ela interrompe a dor imediatamente.

• A quantidade de líquido anestésico utilizado é muito menor se comparado à peridural, portanto é um procedimento mais seguro.

Quais as desvantagens da ráqui?

• Você tem que se manter em uma posição meio desconfortável de cinco a dez minutos, enquanto o procedimento é realizado.

• Em caso de parto normal, a falta de sensação da cintura para baixo pode tornar mais difícil para você fazer força, o que, por sua vez, estende o segundo estágio do trabalho de parto e aumenta a chances de um parto com auxílio de fórceps ou ventosa.

• Em casos mais raros, a anestesia raquidiana provoca um formigamento nas pernas ou no bumbum que pode levar dias para passar.

• Muito raramente, a ráqui provoca dores de cabeça muito fortes depois do parto. Isso era bem mais comum antigamente (talvez você tenha ouvido histórias da sua mãe ou de pessoas mais velhas), mas hoje a técnica de aplicação mudou (por exemplo, a agulha é muito mais fina), o que minimiza o vazamento de líquor.

Por precaução, os médicos mantêm a mulher deitada por cerca de seis horas depois da aplicação. No caso de acontecer a dor de cabeça, uma das soluções é dar uma injeção do próprio sangue da mulher no líquor, que fecha o orifício aberto pela agulha. Outra opção é hidratar bastante a mulher com soro.

• Em casos bem mais raros, a ráqui afeta a respiração, e em casos extremos pode provocar infecção ou trauma nos nervos.

• Você pode ficar com a desagradável sensação de que não está respirando direito, por não sentir o movimento do diafragma. Converse com o anestesiologista, que estará o tempo todo ao seu lado. Sua oxigenação estará sendo monitorada, portanto se houver algum problema respiratório os médicos saberão.

É garantido que vou ter acesso à anestesia se fizer parto normal?

Converse antes com o obstetra para saber como funciona a maternidade ou hospital em que você vai ter o seu bebê. Grande parte dos obstetras trabalha com anestesistas da confiança deles.

Se você tem convênio, pergunte para a empresa se ela cobre os honorários do anestesista. Nos hospitais de grande porte também há anestesiologistas de plantão. O importante é que você expresse para seu médico o que deseja fazer quanto à anestesia, com antecedência, para que vocês possam se planejar.

Existe parto com anestesia geral?

Sim, em casos excepcionais de cesariana. Na anestesia geral, a mulher fica desacordada, e há chance de o anestésico passar para o bebê. Por isso ela só é usada em casos de emergência (como hemorragia ou sofrimento fetal agudo), quando é preciso realizar uma cesariana muito rapidamente.

Existem casos raros em que há alguma contraindicação na mãe para o uso da peridural ou da raquidiana (como número de plaquetas baixo demais), e nessas circunstâncias o anestesiologista pode optar com antecedência pela anestesia geral.

Recuperação pós-cesárea

Como vou me sentir logo depois da cesariana?

Depois de você passar pela cesariana, você vai se sentir como todas as mães: encantada com aquele bebezinho, e surpresa com todas as mudanças por que está passando o seu corpo.

Ainda na sala de recuperação, imediatamente após a cesariana, você pode sentir frio, tremedeira e coceira, efeitos colaterais da anestesia e dos medicamentos usados durante o parto. Você pode pedir cobertores e avisar da coceira, porque os médicos podem dar remédios para aliviar o incômodo.

Quando você for para o quarto, vai permanecer na cama ainda por algumas horas, e terá um sangramento constante pela vagina.

Conforme o efeito da anestesia vai passando, você poderá sentir dor para tossir, espirrar e dar risada. Nessa hora, colocar um travesseiro sobre o corte pode ajudar.

Os médicos costumam recomendar que a mulher não fale muito logo depois do parto, para não acumular muitos gases, que fazem a barriga inchar (e você vai se sentir grávida de novo!).

Quando vou poder me levantar da cama?

Nas primeiras horas após a cesariana, a sensação que dá é de que você nunca mais vai conseguir andar. Mas mais ou menos umas dez horas depois do parto a enfermeira vai tirar você da cama na marra para tomar um bom banho (com ajuda, pois você vai precisar)!

É duro, chega a dar tontura, mas a movimentação é necessária para a circulação e para ajudar na recuperação de um modo geral, e você vai se sentir bem melhor depois do banho. Há mulheres que não sentem tanta dor nessa hora.

A partir daí, você provavelmente ainda vai precisar de ajuda para se levantar da cama para ir ao banheiro. Nas primeiras horas, pode ser que você sinta dificuldade para fazer xixi. É um efeito colateral da morfina.

Você precisará de ajuda de alguém que entregue o bebê para você. Mas você poderá amamentar normalmente e ficar sentada numa poltrona.

Logo você estará andando pelos corredores da maternidade para admirar os enfeites nas portas dos quartos vizinhos e comparar os outros bebês do berçário com o seu. As caminhadas na maternidade também ajudam a eliminar os gases.

Leve calcinhas grandes e confortáveis para a maternidade, talvez as de grávida mesmo, e saiba de antemão que por algum tempo vai ter de usar absorventes femininos, de preferência do tipo noturno, já que haverá sangramento vaginal (a mesma coisa ocorre após o parto normal).

O anestesista que fez o parto provavelmente vai deixar prescrito no hospital algum analgésico que considere adequado para você. Não se acanhe em perguntar à enfermagem se não há mais algum remédio que você possa tomar, se você estiver sentindo muita dor.

Normalmente os médicos prescrevem uma dose de medicamentos que considerem suficiente, mas já deixam determinado que outro reforço analgésico você pode receber, já que cada pessoa sente quantidades diferentes de dor na mesma situação.

Quanto tempo vou ter de ficar internada?

Normalmente mulheres que passam por uma cesariana ficam internadas por três dias. Os médicos preferem só dar alta à mulher depois que ela tiver conseguido fazer cocô. Se você ainda não tiver conseguido, os médicos vão receitar algum tipo de laxante.

E em casa, o que vou poder fazer? Vou precisar de ajuda?

Quando tiver alta da maternidade, depois da cesariana, você provavelmente conseguirá andar por períodos curtos, e talvez já consiga se levantar sozinha. Você não vai precisar ficar deitada na cama o dia todo.

Mas é preciso descansar o máximo de tempo possível, porque longos períodos de pé podem fazer seu corte arder. Você também não poderá carregar nada mais pesado que o próprio bebê.

O melhor mesmo é ter algum tipo de ajuda em casa nos primeiros dias. Imagine que você está sozinha, dando de mamar para o bebê, sentada na poltrona, e tenha esquecido de trazer o telefone para perto de você. Se o telefone tocar, você vai ter dificuldade para sair da poltrona com o bebê no peito, porque ainda vai precisar do apoio das mãos para se levantar.

Evite sentar-se em sofás e camas muito baixos.

Procure posições diferentes para amamentar, até achar uma que seja confortável para vocês dois. Ter alguém por perto para entregar o bebê para você em uma posição já favorável ajuda bastante.

Também é muito bom ter alguém em casa que cuide da comida e da roupa, para você se concentrar nos primeiros dias da amamentação e na sua recuperação.

A cada dia que passar vai doer menos para você se levantar da cadeira ou para se virar na cama.

Minha barriga está muito esquisita. Posso usar cinta?

O uso da cinta pós-parto depende da orientação do seu médico. Muitas mulheres se sentem melhor com ela, principalmente para aliviar uma sensação estranha, ao se virar na cama, de que os órgãos do corpo estão meio soltos dentro da cavidade abdominal.

A cinta também dá uma sensação de segurança. Mas existem médicos que são contra seu uso. Não existe nenhuma prova científica de que a cinta colabore na aparência da barriga depois do parto.

Como é a cicatriz da cesariana? Como cuidar do corte?

A grande maioria das cesarianas atuais é feita com um corte na região do baixo ventre, o que significa que a cicatriz se estenderá horizontalmente bem na marca do biquíni, ou até um pouco abaixo. Logo depois do parto, ela vai ter uma aparência bem avermelhada, mas, com o passar das semanas e dos meses, vai gradualmente clareando.

A retirada dos pontos costuma acontecer de uma semana a dez dias depois do parto. É um processo que não dói. Antes disso, você vai poder lavar o corte com água e sabão normalmente durante o banho.

Procure o médico se você observar:
  • Vermelhidão ou sensação de "quentura" no corte

  • Líquido vazando do corte

  • Febre (mesmo que o corte pareça estar cicatrizando bem)


É normal que alguma parte da sua barriga fique meio adormecida. O corte da cesariana afeta alguns nervos. A sensibilidade pode demorar alguns meses para voltar. Em caso de dúvida, converse com o médico.

Aproximadamente um ano ou dois após a cesárea, a cicatriz deve ter um aspecto mais parecido com a cor da pele (dependendo da sua tez) --, até um pouco mais clara, ela praticamente vai sumir. Alguns homeopatas recomendam o uso de arnica nos dias seguintes ao parto para auxiliar na cicatrização, mas não deixe de checar com seu médico antes de passar qualquer coisa.

Quando vou poder voltar à vida normal?

O médico deve recomendar que você evite dirigir por cerca de um mês (embora haja obstetras mais liberais quanto a essa restrição), já que as manobras do corpo provocam dores e uma freada repentina poderia ser bastante dolorida.

Nas primeiras seis semanas após o parto, não levante peso. Se tiver um filho mais velho louco por um colo, procure só segurá-lo quando estiver sentada. Considere o peso do bebê como o máximo permitido para você carregar.

Exercícios físicos mais intensos também devem ser evitados até de seis a oito semanas após o parto, mas logo que se sentir melhor você já pode dar umas voltas a pé.

A vida sexual pode ser retomada quando o médico der o sinal verde, normalmente cerca de 40 dias depois do parto. Mas às vezes a mulher demora para voltar a ter vontade.

Se eu engravidar de novo, vou ter que passar por outra cesariana?

Não necessariamente. Quem teve cesárea consegue ter um parto vaginal na vez seguinte na maioria das vezes. Se a cesariana ocorreu devido a um fator isolado, como, por exemplo, o bebê estar fora da posição ideal ou um estado de pré-eclâmpsia, você tem todas as chances de um parto normal na próxima gestação, se desejar.

Os médicos tendem a ser mais cautelosos no caso de parto normal depois de cesariana por causa de um pequeno risco -- geralmente estimado em menos de 1 por cento -- de que a cicatriz do útero se rompa durante as contrações do trabalho de parto. O risco é maior se a mulher tiver passado por várias cesarianas.

Meu bebê está sentado?

Meu bebê está sentado. Por quê?

Se é o seu primeiro filho, é provável que ele ainda vire de cabeça para baixo, a posição ideal para o parto, mais ou menos por volta do oitavo mês. Na hora de nascer, cerca de 96 por cento dos bebês está nessa posição, chamada oficialmente de "apresentação cefálica". Os outros, porém, permanecem sentados até o fim, em "apresentação pélvica". Um estudo especulou recentemente que a tendência de ficar sentado no útero possa ser hereditária.

E se o bebê continuar sentado até a hora do parto?

Existe uma manobra não-invasiva que se chama "versão cefálica externa", feita depois de 38 semanas de gravidez, no hospital, por precaução. Em outros países ela é realizada com certa frequência e consegue fazer com que o bebê vire em cerca de dois terços dos casos. Aqui no Brasil, no entanto, é mais difícil encontrar profissionais treinados em realizá-la. Peça informações ao seu obstetra.

Professores de ioga podem recomendar posições e exercícios para tentar fazer o bebê virar. Mas sempre consulte seu obstetra antes de tentar essas terapias.

Se o bebê não virar, a cesariana é obrigatória?

O parto normal é possível, mas precisa ser realizado por um profissional experiente e é necessário que a mãe preencha alguns pré-requisitos (trabalho de parto espontâneo, bacia favorável e que não tenha cicatriz prévia de cesárea ou outra cirurgia uterina são alguns deles). Mulheres que já deram à luz por via vaginal têm mais chance de ter um parto normal bem-sucedido com o bebê sentado. Além disso, o bebê não deve ser grande demais (ter entre 2,5 e 3,5 kg) nem estar com o cordão umbilical enrolado no pescoço.

Uma revisão recente das pesquisas sobre o assunto indicou que a via de parto mais segura no caso de bebês sentados é a cesariana. Mas cada caso deve ser avaliado isoladamente, e não há problemas em tentar o parto normal se o médico estiver de acordo. Existem obstetras que têm mais experiência nesse tipo de parto, e talvez valha a pena consultar um deles.

Se seu bebê estiver sentado e você entrar em trabalho de parto prematuro, deve conversar com o médico para ver qual é a melhor opção. Embora as pesquisas não sejam conclusivas, há indicações de que o parto vaginal seja mais fácil com bebês prematuros que com bebês com mais de 37 semanas de gestação.

A questão da segurança do parto vaginal para bebês sentados é polêmica e as opiniões ainda estão mudando. Teme-se que o excesso de cesarianas acabe fazendo com que a "arte" de ajudar um bebê vir ao mundo sentado, por parto normal, se perca, já que os médicos estão cada vez menos treinados para a manobra.

rompemento da bolsa

Por que a bolsa rompe?

Durante a gravidez, o bebê fica protegido, no útero, dentro de uma membrana, que fica cheia de líquido amniótico. Quando essa membrana se rasga por algum motivo, o líquido acaba passando pelo colo do útero e saindo pela vagina. É a chamada ruptura ou rotura espontânea das membranas -- que, aliás, não dói.

Com muitas mulheres, a bolsa rompe sozinha mais ou menos no final da primeira fase do trabalho de parto. Mas, para cerca de 10% das grávidas, a bolsa rompe sem aviso, antes mesmo de o trabalho de parto começar. São aquelas cenas famosas de filmes e novelas, em que o aguaceiro pega todo mundo de surpresa.

Com 2% das gestantes, a ruptura acontece antes de chegar às 37 semanas.

Como vou saber se a bolsa rompeu mesmo?

A quantidade de líquido que escapa pode variar bastante. Pode ser uma enxurrada, e aí você não vai ter dúvida nenhuma. Mas pode ser bem menos, um pouquinho por vez. A cabeça do bebê pode funcionar como uma "tampa" que não deixa o líquido escapar quando você está de pé ou sentada.

Uma saída é deitar de lado e tossir, para ver se o líquido escapa. Se escapar, provavelmente é a bolsa mesmo.

Muitas mulheres descrevem a sensação de rompimento da bolsa com um "xixi na calça" -- só que não dá para segurar, por mais que se tente.

Há mulheres que afirmam ter escutado um som de "pop", como se fosse o estouro de um balão.

Mas, se sua calcinha amanheceu molhada, não precisa ser necessariamente a bolsa. Pode ser xixi mesmo, já que o bebê pressiona a bexiga no final da gravidez e os escapes podem acontecer. Pode ser suor. E pode ser também secreção vaginal ou o tampão mucoso (que é mais gelatinoso, não totalmente líquido).

Em caso de dúvida, o melhor mesmo é procurar assistência médica, principalmente se você estiver com menos de 37 semanas. Os médicos podem testar o líquido para saber se é o líquido amniótico ou não.

Acho que a bolsa estourou. O que devo fazer?

Em primeiro lugar, não entre em pânico, e não se preocupe com a molhadeira ou com a sujeira. Pegue uma toalha e coloque um absorvente -- mesmo que ele não dê conta, vai ser bom para os médicos verificarem a coloração do líquido.

O líquido pode ser transparente ou amarelado, e ter um pouco de sangue junto. Se estiver escuro ou esverdeado, é preciso ir imediatamente para a maternidade, pois isso pode indicar sofrimento fetal.

Se você está com menos de 37 semanas e a bolsa estourou, ou está vazando líquido, entre em contato com o médico e vá para o hospital o mais rápido possível (mesmo que você não tenha certeza). O obstetra vai avaliar a necessidade de fazer o parto ou esperar mais um pouco, em condições controladas, para evitar infecções.

Caso você esteja grávida de mais de 37 semanas, avise o médico, prepare as coisas e vá para a maternidade, mesmo sem contrações. Não precisa necessariamente sair correndo, principalmente se for o primeiro filho, porque ele ainda deve demorar para nascer. Dá tempo de tomar um banho em casa (de preferência não de banheira) e conferir a mala da maternidade. O sexo, porém, é contra-indicado nessa situação.

Posso esperar para ver se o trabalho de parto começa sozinho?

Em muitos países, os médicos esperam até mais de 24 horas depois do rompimento da bolsa para fazer o parto. Cerca de 90% das mulheres grávidas de mais de 37 semanas que tiveram a bolsa rota entram em trabalho de parto naturalmente em até 48 horas.

Existe o risco de infecção: a vagina forma um canal direto com o útero com a bolsa rota, porque não há mais a proteção da membrana. Por isso, aqui no Brasil, grande parte dos médicos opta pela cautela máxima e dificilmente permite que a mulher espere 24 horas para entrar em trabalho de parto por si só, isso nos casos de rotura da bolsa depois de 37 semanas.

O fato de ainda não estar com contrações não significa que a dilatação será impossível. Você pode pedir para esperar no próprio hospital, para passar algumas horas em casa para ver o que acontece, ou ainda para ter o trabalho de parto induzido. O médico pode optar por dar antibióticos para reduzir o risco de infecção.

A cesariana só é necessária se houver sinais de infecção ou se a indução não estiver funcionando, depois de mais de pelo menos 12 horas. Converse com o médico.

São sinais de alerta:
• qualquer indício de febre (é bom verificar a temperatura a cada quatro horas)
• diminuição dos movimentos do bebê
• mudança na cor e no cheiro do líquido amniótico

Caso você note uma dessas coisas, mesmo que já esteja na maternidade, procure um médico ou enfermeiro e relate o que está sentindo.

Por que induzir o parto?

Por que induzir o parto?

O obstetra poderá considerar uma indução como alternativa quando achar que não vale a pena esperar mais pelo início natural do trabalho de parto, e antes de partir para uma cesariana. Veja abaixo algumas situações em que a indução é indicada:

• A gravidez ultrapassou a data provável do parto (gestação pós-data), o que pode aumentar o risco de haver problemas para você e o bebê. A placenta pode, por exemplo, repassar menos nutrientes para o bebê, aumentando o risco de o bebê morrer dentro do útero ou de nascer com uma série de complicações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses riscos só existem depois das 42 semanas de gravidez, mas os médicos brasileiros preferem adotar uma postura mais cautelosa e em geral desaconselham que a gestação passe das 41 semanas.

Além disso, se o bebê crescer demais, o trabalho de parto tende a ser prolongado, e mãe e filho correm risco maior de ter algum ferimento durante um parto vaginal.

• A bolsa se rompeu, mas o trabalho de parto não começou por conta própria. Se o bebê não nascer logo (em até 24 horas), aumenta o risco de infecção no útero, que pode ser perigosa para o bebê. Quando a bolsa estoura, em vez de fazer logo a cesariana, o médico poderá optar por uma indução. É possível até esperar um pouco para ver se o trabalho de parto começa naturalmente: pesquisas mostram que em 70 por cento dos casos as mulheres dão à luz naturalmente até 24 horas depois do rompimento da bolsa.

• A mãe tem alguma doença crônica ou aguda, como hipertensão, problema renal ou diabete (nessas situações, no Brasil, muitos médicos podem optar direto pela cesariana, mas em outros países a indução é adotada rotineiramente).

Como se induz o parto?

Isso depende muito das condições do colo do útero. Se ele não começou a afinar ou a dilatar é considerado "imaturo", e o médico poderá usar hormônios ou métodos mecânicos antes da indução. Às vezes só isso acaba dando início ao trabalho de parto também. Entre esses métodos estão o rompimento artificial da bolsa (um procedimento desconfortável, mas que não chega a ser dolorido) e exames de toques mais vigorosos.

Caso o trabalho de parto não comece, uma vez que o colo do útero esteja "maduro", será administrado por via intravenosa um hormônio sintético, a ocitocina, que já é naturalmente produzida por seu corpo durante o trabalho de parto espontâneo. Se o colo do útero já estava anteriormente dilatado e fino, o hormônio é aplicado imediatamente.

E se a indução não funcionar?

Pode ser que a indução provoque contrações que não cheguem a ser eficientes na dilatação do seu colo do útero. Os médicos vão acompanhar o avanço do trabalho de parto, sempre monitorando os batimentos cardíacos do bebê, e podem decidir fazer uma cesariana.

Mulheres submetidas à indução também têm maior probabilidade de precisar de fórceps ou vácuo extrator para ajudar o bebê a sair no parto vaginal, se comparado com o parto sem estímulo hormonal.

Existe também o pequeno risco de a ocitocina superestimular o útero, reduzindo o suprimento de oxigênio para o bebê e, na pior hipótese, provocar o rompimento do útero. Esse risco é maior quando a mulher já se submeteu a uma cesariana ou a alguma outra cirurgia no útero antes, por isso os médicos na maioria das vezes preferem não usar a indução se a grávida tem histórico de cesárea anterior. (Leia mais sobre parto normal pós-cesárea.)

contrações

O que são as tais contrações falsas, de treinamento ou de Braxton-Hicks?

Lá pela metade de sua gravidez, às vezes até antes, você pode notar que os músculos do seu útero deixam sua barriga dura, o que dura de 30 a 60 segundos. Nem todas as mulheres sentem essas contrações, que surgem aleatoriamente e costumam ser indolores.

Elas recebem o nome de contrações de treinamento, contrações "falsas" ou contrações de Braxton-Hicks, em homenagem ao médico inglês John Braxton Hicks, que as descreveu pela primeira vez em 1872.

Os especialistas acreditam que elas sejam uma espécie de treino do corpo para o trabalho de parto. Alguns acham que elas colaboram para o processo de "apagamento" do colo do útero (que vai ficando mais fino) e para a dilatação.

As contrações de treinamento costumam ser sentidas a partir de 16 semanas, ou bem mais tarde. Mas também é normal não sentir essas contrações nenhuma vez.

Como vou saber a diferença entre as contrações de treinamento e as contrações de verdade?

A maioria das grávidas de primeira viagem faz essa pergunta, e a resposta mais adequada, a que recebem dos médicos e de quem já passou por isso, chega a dar raiva: "Você vai saber quando for trabalho de parto de verdade". Mas eles estão certos.

Veja as diferenças.

Contrações de treinamento
  • Acontecem só algumas vezes por dia, e não mais que duas vezes por hora.

  • Normalmente param quando você muda de atividade. Se você passou muito tempo sentada, levante-se e caminhe. Se ficou muito tempo de pé, sente-se ou deite-se.

  • São irregulares, não pegam ritmo. Ou, se pegam, é só por um período curto.

  • Não são muito compridas: duram menos de um minuto.

  • Não vão aumentando de intensidade.

  • Podem atingir só uma parte da barriga

  • Podem ser deflagradas pelos movimentos ou pela posição do bebê


Contrações do trabalho de parto
As contrações verdadeiras são:

  • Mais compridas: a barriga fica dura por mais tempo.

  • Mais regulares.

  • Mais doloridas.

  • Não param de vir. Cada uma que vem é mais forte que a outra, e o intervalo entre elas vai ficando cada vez menos.

  • Não melhoram se você mudar de atividade.

  • Atingem a barriga inteira e às vezes as costas

  • Não dependem da posição ou da movimentação do bebê


O ritmo é o mais importante, preste atenção nele. Sempre que perceber que está tendo várias contrações, marque o horário, para acompanhar o intervalo entre elas.

E se as contrações de Braxton Hicks começarem a doer?

À medida que sua gravidez avança, esse tipo de contração pode ficar mais intensa, e é possível que doa. Quando elas começarem a ficar mais fortes e frequentes, você pode até achar que o trabalho de parto começou para valer, mas o tempo passa e elas continuam irregulares em termos de intensidade, frequência e duração -- e podem até desaparecer completamente, levando você à loucura.

São os chamados alarmes falsos. Se você sentir que suas contrações estão diminuindo ou se espaçando, provavelmente elas não passaram de contrações de Braxton-Hicks (ou falso trabalho de parto).

Uma sugestão é usar as contrações de treinamento para praticar técnicas de respiração que vão ajudá-la no parto vaginal.

O que eu devo fazer para aliviar o desconforto das contrações falsas?

Muitas mulheres acabam notando que as contrações vêm com mais frequência quando elas fazem alguma atividade física, mesmo que seja tirar as compras do carro. Outras percebem que a bexiga cheia demais deflagra contrações de treinamento.

Se as contrações estiverem incomodando você, faça o seguinte:
  • Vá ao banheiro fazer xixi.

  • Mude de atividade. Se estava em pé, deite-se um pouco. Se ficou muito tempo sentada, levante-se e dê uma caminhada.

  • Tome um copo d'água.

  • Se ainda assim não melhorar, você pode tomar um banho morno.

Quando devo me preocupar com as contrações?

Procure atendimento médico se:

Para quem está com menos de 37 semanas
  • Se a contração for acompanhada de secreção vaginal parecida com água ou sangue. Podem ser sintomas de rompimento da bolsa ou de problemas com a placenta.

  • Se sentir mais de três ou quatro contrações em uma hora, ou se elas estiverem vindo em intervalos regulares. Pode ser sinal de trabalho de parto prematuro.


Para quem está com 37 semanas ou mais
Você só precisa procurar o médico quando suas contrações durarem cerca de 60 segundos cada uma e acontecerem a um intervalo de cinco em cinco minutos, tirando as mulheres com histórico de parto rápido ou que morem muito longe do hospital. Nesses casos, é melhor procurar orientação se as contrações estiverem regulares, independentemente do intervalo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

trabalho de parto

Como vou ter certeza de que o trabalho de parto começou?

O trabalho de parto é diferente de mulher para mulher, e é impossível determinar exatamente quando ele começa. Não é algo repentino; são várias mudanças fisiológicas que acontecem ao mesmo tempo no seu corpo para fazer com que você dê à luz.

Veja a seguir algumas coisas que podem ocorrer nas semanas ou dias que antecedem o trabalho de parto:

  • Seu colo do útero ficará cada vez mais fino e macio (ou "apagado", como dizem os médicos) e dilatado -- até 10 centímetros. Isso é determinado pelo exame de toque feito pelo obstetra ou pela enfermeira. Mas pode haver dilatação sem que o trabalho de parto comece de verdade.


  • As contrações acontecem em intervalos regulares e cada vez mais curtos, ficando mais intensas conforme o tempo passa.

  • Muitas vezes, com a aproximação do trabalho de parto, as contrações podem ocorrer a cada 10 ou 20 minutos.

  • Você pode ter dor na região lombar das costas, muitas vezes acompanhada de uma cólica parecida com a pré-menstrual.


  • Você pode notar uma secreção de muco amarronzada ou com traços de sangue, o chamado "sinal". Se seu tampão de muco, que cobre o colo do útero, sair, o trabalho de parto pode ser iminente -- ou pode demorar mais uns bons dias. De qualquer jeito, é uma indicação de que as coisas estão caminhando.


  • Sua bolsa rompe. Mas você só estará em trabalho de parto se as contrações também estiverem presentes. Caso você não tenha contrações mesmo depois do rompimento da bolsa, você provavelmente terá que passar por uma indução ou uma cesariana depois de algumas horas, já que o bebê corre mais riscos de contrair uma infecção sem a proteção do saco amniótico contra germes.

Quando devo procurar o médico?

Você e seu médico já devem ter conversado sobre quando você deve avisá-lo se achar que está em trabalho de parto. Mesmo se você não tiver certeza, não fique com vergonha de ligar e perguntar. Os médicos estão acostumados com esse tipo de telefonema por parte de mulheres que não sabem ao certo se a hora está chegando e precisam de orientação -- faz parte do trabalho deles.

O mesmo vale para os profissionais de um posto de saúde ou hospital público. Saiba para onde deve ir na hora em que achar o bebê está para nascer.

E o fato é que o médico já consegue saber bastante coisa apenas pelo tom da sua voz, portanto esse tipo de comunicação só tem a acrescentar. Ele vai querer saber de quanto em quanto tempo as contrações estão acontecendo, se você consegue andar enquanto está tendo uma contração e todos os outros sintomas que você possa estar sentindo.

Alguns médicos pedem que a mulher tome um medicamento contra cólicas ou um banho morno, para ver se as contrações diminuem. No trabalho de parto verdadeiro, elas dificilmente diminuem com essas medidas.

Se sua bolsa estourar, ou se você desconfiar que está perdendo líquido amniótico, fale com o médico.

Para saber se está ou não perdendo líquido amniótico, coloque um absorvente limpo e depois de meia hora observe se ele está seco, úmido ou encharcado. Essa informação será importante para o médico.

Procure auxílio se começar a ter contrações regulares antes de 37 semanas de gestações.

Também não deixe de avisar se você acha que o bebê está se mexendo menos que de costume (se não der nenhuma mexidinha em duas horas) ou se tiver algum sangramento vaginal (que não seja um pouco de muco com traços bem pequenos de sangue), ou se tiver febre, dor de cabeça muito forte, perturbações de visão ou dor abdominal.

O BabyCenter tem uma lista de outros sintomas da gravidez que você não deve ignorar, no caso de você estar preocupada com alguma outra coisa.

O que devo fazer no comecinho do trabalho de parto?

Isso depende de você, da hora do dia e do que você estiver sentindo. Procure se manter calma e relaxada para ajudar na evolução do seu trabalho de parto e das contrações. Faça o que for mais gostoso para ficar tranquila.

Alterne entre caminhadas e um pouco de descanso, ou tome uma chuveirada morna para aliviar o desconforto. O descanso é bom para poupar o corpo do trabalho que o espera. Coma ou beba alguma coisa leve se tiver fome, pois no hospital você pode ser colocada em jejum.

É possível ter contrações e não estar em trabalho de parto?

Sim. Você pode estar com o chamado falso trabalho de parto se seu colo do útero não estiver dilatando (o médico pode confirmar isso com um exame), se as contrações forem irregulares e não forem ficando cada vez mais fortes ou se a dor que você sente na barriga ou nas costas melhorar logo, com um banho morno ou uma massagem.

Não é nada impossível ter contrações por três dias seguidos e mesmo assim não estar oficialmente em trabalho de parto. Se as contrações vierem em intervalos de cinco minutos, depois sete, depois oito, depois cinco, depois oito de novo, é provável que o corpo esteja só treinando. Arme-se de paciência e acompanhe as contrações, até elas pegarem ritmo e força.

Dá para saber se o trabalho de parto vai acontecer logo?

Às vezes. Embora você não saiba de nada, seu corpo começa a se preparar para o parto cerca de um mês antes de o bebê nascer. Quando o trabalho de parto de verdade começa, em muitas mulheres o colo do útero já tinha começado há tempos a dilatar e afinar.

Também são sinais da aproximação do trabalho de parto:

  • O bebê encaixa (a barriga fica mais baixa)


  • Aumento na secreção vaginal


  • Aparecimento de um "sinal" (uma secreção mucosa amarronzada ou com traços de sangue)


  • Contrações de treinamento mais frequentes e mais fáceis de notar

O que é a ameaça de parto prematuro?

O que é a ameaça de parto prematuro?

Se você começar a ter contrações regulares, que façam seu colo do útero se dilatar ou ficar mais fino, e você ainda não tiver completado 37 semanas, trata-se de uma ameaça de parto prematuro. Sempre que o bebê nasce com menos de 37 semanas de gestação ele é chamado de prematuro.

A ameaça de parto prematuro é apenas isso, uma ameaça. Se você tiver os sintomas, não necessariamente o bebê vai nascer antes do tempo. Até 50% das mulheres que sofrem ameaça de parto prematuro acaba tendo o bebê depois das 37 semanas, ou seja, no tempo considerado normal.

Às vezes o bebê nasce prematuro por opção dos médicos, que acham que ele vai ter melhores condições fora do útero do que dentro. Isso acontece em situações especiais, quando o bebê não está crescendo o quanto deveria, ou quando a mãe está com pré-eclâmpsia.

Na maioria dos casos, porém, o parto prematuro acontece espontaneamente. Ou o trabalho de parto começa antes do tempo, ou a bolsa estoura prematuramente, ou o colo do útero se dilata mesmo sem que haja contrações (na insuficiência do colo uterino).

No Brasil, em 2008, 6,8 por cento dos bebês nascidos vivos vieram ao mundo antes das 37 semanas de gravidez, num total de quase 200 mil bebês prematuros, de acordo com números do Datasus.

Um dos fatores mais comuns para o parto prematuro é a gestação de mais de um bebê.

O que pode acontecer com o bebê que nasce antes da hora?

A maioria dos bebês prematuros nasce entre 34 e 36 semanas de gestação. Quando nasce nessa fase, o bebê corre pouco risco de apresentar problemas, embora provavelmente seja pequeno e precise de ajuda para respirar e mamar.

Crianças que nascem antes das 34 semanas, no entanto, ainda têm que crescer bastante, e seus órgãos internos não estão maduros o suficiente. Elas correm mais risco de ter icterícia e infecções, além de ter dificuldade de equilibrar a temperatura do corpo.

Quanto mais prematuro o bebê, maior o risco de hemorragia cerebral, problemas no sistema nervoso e no gastrointestinal e sequelas na visão e na audição.

Bebês que nascem entre as 22 e as 25 semanas de gravidez hoje em dia têm chance de sobreviver, especialmente em hospitais equipados, mas mais de 50 por cento sofre sequelas permanentes.

Tem algum jeito de impedir o parto prematuro?

Se você entrar em trabalho de parto antes das 37 semanas, os médicos vão tentar adiar o parto, com medicamentos e outras medidas, que às vezes são eficazes e às vezes não.

Adiar o parto também é importante para dar a chance à mulher de ter o bebê num hospital que possua UTI neonatal.

De qualquer maneira, uma providência importante é você receber injeções de corticoides para amadurecer os pulmões do bebê mais rápido. Isso não adia o parto, mas deixa o bebê mais preparado para enfrentar o mundo se nascer antes da hora.

Quando o trabalho de parto começa de verdade e pega ritmo, é muito difícil conseguir pará-lo.

Como vou saber se estou com ameaça de parto prematuro?

Procure o médico se você tiver os seguintes sintomas antes de chegar às 37 semanas:

• Muito mais secreção vaginal que o normal.
• Mudança no tipo de secreção vaginal.
• Qualquer sangramento, mesmo que seja só um pinguinho de sangue.
• Mais de quatro contrações em menos de uma hora, mesmo que elas não doam.
• Dor parecida com cólica menstrual.
• Muita pressão na pelve (como se o bebê estivesse empurrando para baixo).
• Dor nas costas, principalmente se for uma dor nova e que venha em ondas.

Muitos desses sintomas são comuns da gravidez, mas é sempre melhor pecar pela cautela. Vale a pena procurar o médico para ter certeza de que não é ameaça de parto prematuro.

Se sua bolsa estourar, ou se você começar a sentir contrações que vão aumentando de intensidade antes das 37 semanas de gravidez, procure imediatamente seu obstetra ou o hospital. Mesmo que seja no meio da noite.

Não espere até amanhecer para telefonar ou ir para o hospital. Peça que alguém a acompanhe, e não vá dirigindo. Até se forem apenas contrações de treinamento, é melhor garantir.

Será que corro o risco de ter parto prematuro?

Os médicos ainda têm dificuldade para prever se uma mulher saudável vai entrar em trabalho de parto antes da hora.

Há indicações de que a presença de determinadas bactérias na urina, mesmo que não haja sinais de infecção, represente risco maior de parto prematuro. Por isso, recomenda-se que todas as mulheres façam um exame de urina no início do pré-natal e outro no meio da gestação. Tratar a infecção parece reduzir o risco de parto prematuro.

A vagina também pode ter bactérias, e os especialistas acreditam que elas possam precipitar o trabalho de parto prematuro. Infelizmente, as pesquisas até agora concluíram que, quando não há sinais de infecção, eliminar essas bactérias com antibióticos não ajuda a evitar o parto prematuro.

Veja todos os fatores de risco:

insuficiência do colo uterino

• infecções na vagina e no trato urinário

• gravidez de gêmeos, trigêmeos ou mais

• certas anormalidades uterinas

• já ter feito cirurgia no colo do útero

• já ter sofrido aborto espontâneo, principalmente entre 16 e 24 semanas de gravidez

• já ter tido parto prematuro

• problemas na placenta, como placenta prévia (ou baixa)

• excesso de líquido amniótico (polidrâmnio)

• estar sob forte estresse por muito tempo

tabagismo

• uso de drogas, como maconha, ecstasy ou cocaína

• condições de vida precárias (alimentação deficiente, falta de saneamento básico etc.)

• ser vítima de violência doméstica

• já ter feito um aborto


Se eu tiver que ir para o hospital, o que acontecerá lá?

Você será examinada para ver se seu colo do útero está dilatando ou "apagando" (ficando mais fino).

Os médicos também poderão fazer exames para verificar se há alguma infecção:

Pode ser que o médico queira fazer um ultrassom transvaginal para observar seu colo do útero com mais detalhes. Se ele estiver curto, pode ser sinal de que o trabalho de parto realmente tenha começado.

Existe um outro exame que detecta uma substância chamada fibronectina fetal na secreção vaginal entre a 22a e a 36a semana. Quando ela está presente nesta época, são grandes as chances de o bebê estar mesmo a caminho.

Se os médicos ainda estiverem em dúvida, é provável que prefiram internar você por algum tempo para observá-la melhor.

Tem alguma coisa que eu possa fazer para evitar o parto prematuro?

Sim. Para diminuir o risco de parto prematuro, a melhor coisa que você pode fazer é se cuidar. Vá a todas as consultas do pré-natal, acabe com hábitos prejudiciais à saúde (como o fumo) e tente reduzir seu nível de estresse.

Mantenha-se bem hidratada e procure se alimentar bem.

Os médicos costumam recomendar repouso, embora não haja evidências científicas de que ele realmente ajude a evitar o parto prematuro.

Mas saiba também que o parto prematuro é um mistério até para os médicos, portanto, se ocorrer com você, não será por culpa sua. Felizmente as UTIs neonatais estão cada vez mais avançadas para dar todas as chances aos bebezinhos que nascem antes do tempo.

E se o bebê nascer antes da hora? O que acontece com ele?

Quando o bebê nasce entre 34 e 37 semanas de gestação, às vezes não precisa de nenhum tratamento especial. Pode ser até que nem precise ficar na incubadora e já possa ir direto para o quarto, para o alojamento conjunto. Ou talvez fique alguns dias na UTI, só para facilitar a respiração.

Quando o bebê nasce antes das 34 semanas de gestação, ele é levado imediatamente para o centro de tratamento intensivo (CTI ou UTI) neonatal. Os pediatras vão agir rápido, o que pode assustar os pais na sala de parto. É importante lembrar que os médicos têm experiência com esse tipo de caso.

A mãe também pode receber orientações no hospital sobre como manter a produção de leite para o bebê se ele ainda não puder mamar no peito. Ela poderá tirar o leite com uma bombinha ou com as mãos para continuar a fabricar o leite materno.

Várias maternidades contam com bancos de leite, que são muito atuantes no caso de prematuros, tanto para receber leite doado como para fornecê-lo aos bebês que precisem.

Tudo sobre cesaria!

O que é uma cesariana?

Cesariana é uma cirurgia em que o obstetra realiza uma incisão no abdome e no útero da mulher para retirar o bebê através desse espaço.

No Brasil, em torno de 50 por cento dos partos realizados são cesarianas -- e se só a rede particular for considerada, as cesáreas chegam a até 90 por cento em alguns hospitais. É uma proporção muito maior que os 10 a 15 por cento de cesarianas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cesáreas são consideradas operações abdominais de grande porte, daí gerarem mais riscos do que o parto vaginal. Mulheres que passam por cesarianas são mais suscetíveis a infecções, sangramentos excessivos, dores pós-parto e período de recuperação mais longo.

Outro senão é que elas aumentam o risco futuro, em caso de novas gestações, de complicações como placenta prévia. Apesar disso, nem toda cesariana deve ser evitada, já que muitas vezes ela é necessária pelo bem da mãe, do bebê ou de ambos.

Quando a cesariana é necessária?

Algumas mulheres já sabem que vão precisar de uma cesárea logo de cara, por apresentar alguma complicação. Em outros casos, a decisão pode ocorrer somente durante o trabalho de parto.

Veja abaixo algumas condições em que uma cesariana costuma ser previamente programada:

• O bebê está em posição sentada ou de lado; ele apresenta alguma doença ou anormalidade já conhecida.

• Gestação de três ou mais bebês ao mesmo tempo.

• A mãe está com uma erupção de herpes genital, infecção que pode ser transmitida ao bebê em caso de parto vaginal.

• A mãe tem placenta prévia (que ocorre quando a placenta se implanta em um local tão baixo do útero que bloqueia a saída do bebê) ou descolamento prematuro da placenta (a placenta se separa da parede uterina antes da hora, colocando o feto em risco).

• A mãe tem piora em um estado de pré-eclâmpsia, o que torna arriscado esperar por um parto normal.

• Histórico materno de cirurgias uterinas invasivas ou de cesáreas anteriores (mais de uma).

• Problemas de coluna ou de quadril que impossibilitem a mulher de ficar em posição ginecológica.

Vários motivos levam a uma cesariana de última hora, decidida depois que o trabalho de parto já começou. Sempre que há uma situação crítica, a cesariana é o modo mais rápido de tirar o bebê a salvo, como nas seguintes hipóteses:

• A frequência cardíaca do bebê está irregular, o que indica que ele talvez não consiga passar por um parto vaginal.

• Prolapso do cordão umbilical -- o cordão aparece antes do bebê, o que o deixa vulnerável a ser comprimido durante o parto, levando a um possível corte de sua fonte de oxigênio.

• A placenta se descolou.

• O bebê não está se movimentando pelo canal do parto porque o colo do útero parou de dilatar ou por alguma outra razão.

Quais são os preparativos para uma cesariana?

Geralmente, quando a cesariana já está marcada, os médicos recomendam que não se coma nada cinco horas antes do parto. É bom confirmar isso com o obstetra com antecedência e perguntar também sobre beber água ou outros líquidos.

Uma vez no hospital, sua roupa é trocada por um avental hospitalar, e os pelos da região onde é feito o corte da cesárea são raspados. Você tem que tirar anéis, brincos, pulseiras e até piercings (de qualquer parte do corpo). Você não pode estar excessivamente maquiada e nem com esmalte escuro na mão, para que sua pele possa ser monitorada durante a operação.

Outra coisa que tem que tirar é lentes de contato e óculos. No caso dos óculos, peça para o seu parceiro ou acompanhante segurá-los, assim você pode colocar de volta depois para ver o bebê.

Lembrando que é direito da grávida ter um acompanhante na hora do parto, a menos que exista alguma emergência médica que impeça a presença de uma pessoa indicada (homem ou mulher).

Leia mais sobre o que acontece em um relato de cesariana contado por um papai.

Como é uma cesariana?

Na maioria das cesarianas é realizada uma anestesia peridural ou raquidiana, ou ainda uma combinada, para que a mãe possa permanecer acordada e acompanhar a chegada do bebê.

Além da anestesia, são colocados uma sonda para urina e soro intravenoso (para administração de soro ou remédios, se necessário). A frequência cardíaca da mãe é acompanhada por um monitor, e a área abaixo dos seios é isolada por um protetor durante a cirurgia.

Uma vez que a anestesia esteja pronta, o obstetra faz um pequeno corte horizontal na pele acima do osso púbico da mãe, um pouquinho embaixo da "linha do biquíni", e, em seguida, um outro na parte inferior do útero. Várias camadas de tecido e músculo são abertas para se chegar até o útero. O corte no útero mesmo geralmente é bem pequeno.

O bebê é então retirado. Tudo isso em poucos minutos. Você pode se surpreender com o estica-e-puxa para tirar o bebê -- não dói, mas é uma sensação no mínimo diferente. E não é incomum o anestesista ou algum enfermeiro ajudarem empurrando o bebê por cima da barriga. Não se assuste.

Um pediatra vai rapidamente avaliar o recém-nascido, que será então mostrado a você. Se estiver tudo bem, o papai pode segurar a criança enquanto a placenta também é retirada e os pontos são dados em cada uma das camadas de músculo e pele, o que leva cerca de 30 minutos (demora mais tempo para fechar do que abrir para a cirurgia).

Pulseiras de identificação serão colocadas no bebê ainda na sala de parto, e você e seu parceiro poderão conferi-las.

O que acontece depois da cesariana?

Quando a cesárea termina, a mãe é transferida para uma sala de recuperação, enquanto o bebê vai para o berçário, onde será identificado e colocado em uma incubadora ou berço aquecido por algumas horas.

Muitas mulheres sentem muito frio nessa hora devido à queda de temperatura do corpo durante a operação. Isso porque a anestesia afeta a capacidade do organismo de regular a temperatura, e também porque as salas de operação são mantidas mais frias. A tremedeira pode deixar você nervosa, mas tente se lembrar que não é nada fora do normal e que passa em cerca de meia hora.

Depois, uma enfermeira trará seu filho até você e a ajudará a amamentar. Às vezes é mais confortável ficar deitada de lado e colocá-lo assim também, cara a cara com você.

Após uma cesariana, costuma levar algum tempo para as mulheres encontrarem posições confortáveis para a amamentação, mas vale a pena insistir, já que só tende a melhorar.

E se eu não quiser me submeter a uma cesariana?

O importante, antes de tomar a decisão, é conhecer bem os dois tipos de parto, para saber o que acontece em cada um (na cesariana e no parto vaginal), e conversar bastante com várias pessoas sobre o assunto.

Se sua maior preocupação é a dor, saiba que é difícil escapar totalmente dela, em um ou outro caso, antes ou depois do parto. Você também pode trocar ideias com suas amigas e ler histórias de parto para sentir como as coisas acontecem na vida real.

Há algumas maneiras de tentar reduzir as chances de você ter que passar por uma cesárea:

• Descubra qual a linha de conduta do seu obstetra e, se achar que ele é "cesarianista" demais, procure outro assim que puder. De preferência, essa conversa deve acontecer antes mesmo da gravidez.

Mantenha-se saudável durante a gestação, comendo bem, praticando exercícios e descansando bastante, para quando o trabalho de parto começar, você estar nas melhores condições possíveis.

• Descubra qual é porcentagem de cesáreas na sua região; se tiver como escolher o hospital ou maternidade em que terá o bebê, compare essa porcentagem em cada um deles.

• Considere o acompanhamento da gravidez e do parto por uma obstetriz, já que pesquisas indicam que a participação delas está ligada a uma incidência menor de cesáreas. Os planos de saúde estão começando a cobrir o trabalho desses profissionais. Informe-se a respeito.

• Deixe claro para o seu obstetra que gostaria de tentar o parto vaginal.

• Durante o trabalho de parto, fique em uma posição ereta pelo maior tempo possível. Andar e permanecer de pé ajudam a acelerar o processo, fazendo com que as contrações sejam mais fortes, longas e eficazes. Mesmo a posição sentada é melhor do que a deitada para diminuir significativamente o tempo de trabalho de parto.

• Exercite sua paciência. "Para ter parto normal é preciso ter paciência, tanto para esperar entrar em trabalho de parto, como para o trabalho de parto em si. Exercite sua calma durante toda a gestação", diz a obstetra Eleonora Fonseca, do Conselho Médico do BabyCenter Brasil.

A cesariana tem riscos?

Os médicos sempre dizem que toda cirurgia tem riscos, e a cesariana é uma cirurgia. Há risco maior de infecção pós-parto, por exemplo, ou de problemas na cicatrização (como a formação de hérnias ou quelóides), e até de acidentes cirúrgicos. Por outro lado, trata-se de um procedimento rotineiro e relativamente simples, que na maioria das vezes transcorre sem problemas.

Mulheres que tenham uma camada mais espessa de gordura na barriga (que já eram obesas antes da gravidez) podem enfrentar mais dificuldade na cicatrização do corte. E como geralmente a idade gestacional não pode ser calculada com precisão absoluta, porque a mulher nunca sabe exatamente quando ovulou, existe um pequeno risco de o bebê nascer antes do tempo se a cesariana é marcada com antecedência -- o que pode causar problemas respiratórios devido à imaturidade dos pulmões.

Alguns especialistas acreditam também que a ação dos hormônios envolvidos no trabalho de parto
evite dificuldades respiratórias no bebê.